domingo, 14 de junho de 2009

Modinha

Não havia pão, não havia leite,

"não havia" era o que se dizia

em além, nas cercanias.

Mas havia também, um porém,

mesmo sem qualquer vintém,

de alegria se vivia.

Nos idos daquela festa junina,

onde nem brisa existia,

tudo se resolveu.

Choveu, amanheceu, nasceu, cresceu.

E pra terminar minha modinha,

pr'eu cuidar das plantinhas,

me amei com Aninha.

Um comentário:

Fernando A. Medeiros disse...

...E eis que o genial Anderson deixou de lado pesados vademécuns e todo aquele jargão jurídico, e se enveredou na simplicidade de uma modinha! Toda a riqueza do povo, a fluência do povo em um texto louvável. Digníssimo, forte abraço!