domingo, 26 de julho de 2009

Caso: caos casual causal

- Você vem sempre aqui?
- Não interessa... isto é lá jeito de se chegar à uma mulher? Medíocre!
- Ah, então você é do tipo intelectual-sensível?
- Petulante...
- Já sei...que tal você resolver meu problema existencial sendo minha Beauvoir?
- Arghh..... sai de perto de mim seu asqueroso!
- Então é do tipo limpinha..
- Idiota! Saia daqui! Você tá me incomodando! Vou chamar meu namorado...
- Baby, desista. Eu te amo e isto é tudo. Você quer beber alguma coisa pra relaxar?
- Acho que não...estou cansada e minhas pernas doem, vou pra casa descansar. Quanto à me amar, esqueça, não acredito nisto, assim, tão rápido.
- Eu também estou cansado, mas vou pra sua casa dormir. Lá é o meu habitat agora.
- Nem pense nisso... tenho namorado e família. Se quiser, te dou uma nova chance, num outro dia a gente sai pra almoçar. Depois disto, nada mais. Eu vivo a minha vida e você me esquece. Que tal?
- Já evoluí...pelo menos tenho uma proposta de um reencontro. Quanto à sua família e seu namorado, esqueça-os: apenas somos nós dois daqui pra frente.

Respiração curta, acelerada e movimentos desajeitados.

- Ah, meu amor, eu fico sem graça já na primeira vez....fico tímida.
- Nem pense em timidez agora...falou ele, com olhar malicioso. Quero o seu carinho, sua atenção, seu sorriso, suas lágrimas, seu coração, sua mente, sua alma. Quero invadir você, mesmo porque você já dominou meu estado de espírito.

Ela tirou o salto alto, deitou-se no sofá e pensou que talvez nada fosse mais precioso que a liberdade de se mostrar tal como veio ao mundo.

Nenhum comentário: