São sempre as mesmas canções, músicas, intérpretes e letras. O ouvido, e alma, só se satisfazem com as mesmas composições sonoras.
E isto há quase uma década.
No ciclo anterior o pop rock nacional dos anos 80 foi hegemônico; deve ter durado pouco mais de 05 anos.
Este ciclo, no entanto, é diferente: um ciclo que não passa, nem se acaba, nem se encerra. A impressão é de que estas músicas permanecerão até o fim de tudo.
Não sei da vida a fluidez, o movimento ou o fluxo do devir. Só sei de sons perenes, estáticos, eternos. Fluem apenas nos ouvidos sons de outrora, atuais, vão e voltam, em movimentos coordenados, trazendo sempre a mesma provisão.
Isto é sinônimo de incompletude. Há falta, tudo escorre.
Ausência, negação. Não.
Necessidade da mesma provisão, do mesmo alimento, do mesmo remédio, sempre.
Body and soul, num chão de estrelas, dando a resposta ao tempo, aguardando a noite do bem, pra não se esquecer de mim. Não vou poupar coração, drão. Let’s stay together. Por toda minha vida, eu te proclamo o meu amor. Explode coração, que o suave veneno inebria. E quem sabe então num futuro, amantes? Sob medida.